Conclusão da desintrusão na terra Indígena Karipuna

© Polícia Federal / Divulgação

 

Operação Federal Remove Grileiros e Extrativistas Ilegais, Assegurando Direito Exclusivo dos Indígenas

 

 

 

Na tarde desta terça-feira (30), uma cerimônia em Rondônia marcará a conclusão da operação de retirada de não indígenas da Terra Indígena Karipuna. A desocupação das terras, destinadas ao usufruto exclusivo indígena, começou no início de junho, cumprindo determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e decisão da Justiça Federal.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) classificou a operação de remoção de “grileiros e extrativistas ilegais” como um “sucesso”. Mais de 20 órgãos federais participaram da desintrusão, visando resguardar a vida dos indígenas e assegurar o direito exclusivo de uso da terra, conforme a Constituição Federal.

Durante a operação, mais de 20 edificações irregulares foram destruídas e 54 metros cúbicos de madeira ilegal apreendidos. O detalhamento completo dos resultados será apresentado na cerimônia desta terça-feira, prevista para ocorrer na Aldeia Panorama.

A Terra Indígena Karipuna, localizada entre Porto Velho e Nova Mamoré, próxima à fronteira com a Bolívia, ocupa cerca de 153 mil hectares. Demarcada em 1997 e homologada em 1998, a área tem sofrido invasões ilegais por madeireiros, grileiros, pecuaristas e pescadores.

A Casa Civil da Presidência da República, que coordenou a operação, informou que, após a desintrusão, o governo federal iniciará a fase de consolidação. Esta etapa inclui medidas para impedir o retorno dos invasores, como a inutilização de instalações não autorizadas, e ações diárias de monitoramento e patrulhamento.

A operação reafirma o compromisso do governo em proteger os direitos dos povos indígenas e a integridade de suas terras.