Vice-presidente Geraldo Alckmin destaca compromisso com energia limpa e desenvolvimento inclusivo no fórum “States of the Future”
O Brasil reafirmou seu compromisso no combate às mudanças climáticas e destacou seu papel de protagonista na segurança alimentar e energética durante o encerramento do fórum “States of the Future”, evento paralelo ao G20, realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, foi enfático ao falar sobre a capacidade do país de gerar energia limpa e barata, sublinhando os avanços nas energias eólica e solar.
Energia Limpa e Barata: Um Trunfo Brasileiro
Alckmin ressaltou que, inicialmente, as energias eólica e solar tinham um alto custo no Brasil. Contudo, hoje, essas fontes de energia se tornaram as mais baratas disponíveis, o que beneficia indústrias em busca de descarbonização e abre portas para a produção de hidrogênio verde no país. “Isso abre o caminho para o Brasil de hidrogênio, baixo carbono, descarbonização na indústria, é espetacular. É possível fazer o desenvolvimento inclusivo”, afirmou Alckmin.
Comparando os custos, Alckmin destacou que o megawatt hora (MWh) de energia nuclear custa R$ 550,00; das usinas térmicas, R$ 350,00; das hidrelétricas, quase R$ 300,00; e das grandes hidrelétricas, R$ 250,00. Em contraste, as energias solar e eólica giram em torno de R$ 150,00 por MWh.
Desenvolvimento com Estabilidade e Inclusão
Alckmin reforçou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em promover desenvolvimento com estabilidade e inclusão, afirmando que “o desenvolvimento é o novo nome da paz”. Ele ressaltou que, apesar de não haver “uma cartola para fazer mágica”, houve uma queda na inflação, no risco Brasil e no desemprego. Alckmin enfatizou que reformas, especialmente a Reforma Tributária, são cruciais para aumentar a eficiência econômica.
Impacto da Reforma Tributária
Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), citado por Alckmin, a Reforma Tributária pode aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 12%, os investimentos em 14% e as exportações em 17%. “Porque ela desonera o investimento e desonera a exportação. Ela acaba com a chamada cumulatividade”, explicou.
Conquista de Novos Mercados
Alckmin destacou a importância de o Brasil conquistar mais mercado global, apontando que o país representa apenas 1,8% do PIB mundial. “Nós precisamos reconquistar os vizinhos. O comércio começa na nossa própria região”, disse ele. Para alcançar esse objetivo, Alckmin defendeu a desburocratização, simplificação e flexibilidade nas licenças, permitindo ao Brasil exportar mais e expandir seu mercado de trabalho.
O evento “States of the Future” reforçou a posição do Brasil como um líder na agenda global de sustentabilidade e crescimento econômico, com foco em energia limpa, inclusão e eficiência tributária.
