Brasil propõe aliança global contra a fome e a pobreza

© Tânia Rego/Agência Brasil

 

Iniciativa visa unir conhecimentos, finanças e parcerias para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

 

Aproveitando a viagem aos Estados Unidos para participar do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, na Organização das Nações Unidas (ONU), membros do governo brasileiro promoveram encontros paralelos com autoridades de outros países. Durante esses encontros, apresentaram uma proposta para a criação de uma aliança global de combate à fome e à pobreza.

A iniciativa tem como objetivo agregar conhecimentos, recursos financeiros e parcerias, visando melhores condições para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda mundial estabelecida pela ONU em 2015 com o propósito de guiar a implementação de políticas públicas até 2030.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza “é uma das principais iniciativas do Brasil à frente do G20 [grupo das 20 maiores economias do planeta]”. Em um evento paralelo realizado para discutir meios de aplicar essas políticas, o ministro Wellington Dias destacou que as ações planejadas incluem a promoção da segurança alimentar, o aumento da renda e o enfrentamento das desigualdades.

“A realidade que vivemos, de múltiplas crises, incluindo a climática e ambiental, a situação econômica e os conflitos, faz crescer novamente a fome, a insegurança alimentar e a pobreza. Há muitos eixos e muitas ações necessárias para enfrentar esse desafio complexo”, afirmou o ministro.

Dias acrescentou que a proposta não busca criar um novo fórum internacional para debater ações, mas sim utilizar os foros multilaterais já existentes para mobilizar recursos financeiros e conhecimento, canalizando-os para onde são mais necessários.

O ministro também informou que o desenho dessa aliança será responsabilidade de uma força-tarefa do G20. Essa força-tarefa está desenvolvendo uma “cesta de políticas públicas” que reunirá a expertise acumulada ao longo de décadas em programas de transferência de renda, proteção social, alimentação escolar, entre outros, baseados na experiência de diversos países e organizações internacionais.