Pesquisa do Dieese revela alta no Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte, enquanto Natal e Recife apresentam quedas significativas
Dez capitais brasileiras registraram aumento no custo médio da cesta básica em junho de 2024, conforme revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada hoje (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em São Paulo. O estudo foi realizado em 17 capitais do país e apontou que, nas demais sete capitais, houve uma queda no custo da cesta.
A maior alta foi observada no Rio de Janeiro, com um aumento de 2,22%, seguido por Florianópolis (1,88%), Curitiba (1,81%) e Belo Horizonte (1,18%). Em contraste, as principais quedas ocorreram em Natal (-6,38%) e Recife (-5,75%).
Os principais responsáveis pelo aumento no custo da cesta básica foram o leite integral, a batata e o quilo do café em pó. O preço do leite integral aumentou em 16 das 17 cidades pesquisadas, com variações que vão de 2,80% em Natal até 12,46% em Goiânia. O quilo do café em pó registrou alta em 15 capitais, com os maiores reajustes observados em Natal (10,48%) e Fortaleza (10,30%).
São Paulo tem a Cesta mais Cara
A cesta básica mais cara do país continua sendo a de São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos custava, em média, R$ 832,69 em junho. Em seguida, estão as cestas de Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86). Nas cidades do Norte e Nordeste, que têm uma composição diferente da cesta básica, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).
Com base na cesta básica mais cara, que em junho foi a de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 6.995,44, o que equivale a 4,95 vezes o mínimo atual de R$ 1.412,00. Essa estimativa leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.