Alta circulação de VSR em crianças é destaque no boletim da Fiocruz

 

Estudo revela aumento de hospitalizações e enfatiza a importância da vacinação e medidas preventivas

 

 

O novo Boletim do InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (4) no Rio de Janeiro, destaca a alta circulação do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças, com expressivos índices de incidência e mortalidade. Outro vírus que se sobressai na população infantil é o rinovírus.

O estudo aponta para a manutenção do crescimento dos vírus da influenza, VSR e rinovírus em estados da região centro-sul, como Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. Além disso, a análise indica uma continuidade do aumento de novas hospitalizações por VSR e rinovírus em alguns estados do Norte, como Roraima, Amapá e Ceará.

No que diz respeito à covid-19, o InfoGripe alerta para o início de atividade do vírus em alguns estados das regiões Norte e Nordeste, especialmente no Piauí e no Ceará, embora os níveis permaneçam baixos em comparação com o histórico de circulação no país. Nas últimas semanas, a maior parte das hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em idosos foi causada pela covid-19.

“É importante que tanto hospitais quanto unidades sentinelas de síndrome gripal fiquem atentos para qualquer sinal de aumento de circulação do vírus nessas regiões”, destacou Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe.

Vacinação e Medidas Preventivas

Diante desse cenário, a especialista orienta que a população elegível se vacine contra a covid-19 e também contra a influenza A. É recomendado ainda o uso de máscaras em locais fechados, com baixa circulação de ar e dentro das unidades de saúde.

Em caso de aparecimento de sintomas, a orientação é ficar em casa de repouso para evitar a transmissão do vírus. Caso não seja possível, é indicado sair de casa usando máscara e, havendo uma piora dos sintomas, buscar atendimento médico.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,5% para influenza A, 0,8% para influenza B, 43,8% para VSR e 6,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 46,3% de influenza A, 1,1% de influenza B, 21,4% de VSR e 20% de Sars-CoV-2 (Covid-19).