Pela segunda vez neste ano, o saldo da aplicação na caderneta de poupança registrou um aumento, com mais depósitos do que saques no mês de maio. Segundo relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC), as entradas superaram as saídas em R$ 8,2 bilhões.
Aumento dos Depósitos
No mês passado, os depósitos na poupança totalizaram R$ 362,5 bilhões, enquanto os saques alcançaram R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,2 bilhões, resultando em um saldo total de R$ 993,3 bilhões na poupança.
O resultado positivo de maio contrasta com meses anteriores, como abril de 2024, que registrou uma saída líquida de R$ 1,1 bilhão, assim como janeiro (R$ 20,1 bilhões) e fevereiro (R$ 3,8 bilhões). Por outro lado, em março houve um saldo positivo de R$ 1,3 bilhão em depósitos.
O saldo positivo de maio também é significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior, maio de 2023, quando os brasileiros retiraram R$ 11,7 bilhões a mais do que depositaram na poupança.
Cenário de Endividamento e Taxa Básica de Juros
O alto endividamento da população influencia os saques na poupança, enquanto a manutenção da Selic em patamares elevados estimula a busca por investimentos com melhor desempenho. O Banco Central, em resposta a um cenário macroeconômico desafiador, tem mantido a taxa básica de juros em um nível elevado.
Em anos anteriores, como em 2023, a caderneta de poupança teve uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões devido ao endividamento alto e à inflação. Já em 2020, a poupança registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, influenciada pela instabilidade econômica causada pela pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial.
