Doença autoimune e neurodegenerativa afeta milhares de brasileiros, principalmente mulheres jovens
A esclerose múltipla, uma doença autoimune, crônica e neurodegenerativa, tem ganhado destaque no Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, celebrado em 30 de maio. Com uma diversidade de sintomas que podem ser confundidos com traços cotidianos, a esclerose múltipla afeta pelo menos 40 mil brasileiros, de acordo com dados da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).
Essa enfermidade atinge principalmente mulheres jovens, na faixa etária de 20 a 40 anos, e seus sintomas variados podem incluir desde fadiga intensa até problemas de equilíbrio, coordenação e alterações visuais.
Segundo a neurologista Carolina Alvarez, a esclerose múltipla é caracterizada pela produção de anticorpos contra a bainha de mielina, uma estrutura que atua como isolante elétrico no sistema nervoso central. Isso leva a danos em diferentes partes do corpo, dependendo da região afetada.
O diagnóstico da doença envolve critérios bem estabelecidos, que incluem exames como ressonância magnética e punção lombar. No entanto, muitas vezes, o diagnóstico requer um acompanhamento contínuo até sua confirmação, já que é necessário excluir outras possíveis causas para os sintomas apresentados.
Apesar dos avanços na compreensão da esclerose múltipla, suas causas ainda não são completamente compreendidas. Fatores ambientais, como infecções virais e deficiência de vitamina D, podem contribuir para a predisposição à doença, mas nenhum fator específico foi definitivamente identificado.
No que diz respeito ao tratamento e à qualidade de vida dos pacientes, a neuroreabilitação desempenha um papel fundamental. Métodos como a estimulação elétrica transcraniana e a estimulação transcraniana por corrente contínua, associados à fisioterapia neurofuncional, podem ajudar a minimizar as sequelas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Apesar dos desafios enfrentados pelos pacientes com esclerose múltipla, seguir as orientações médicas e manter atividades físicas regulares podem contribuir significativamente para a qualidade de vida e a manutenção da vida ativa. A conscientização sobre a doença, seus sintomas e tratamentos é essencial para garantir o apoio necessário aos pacientes e para promover uma melhor compreensão da esclerose múltipla na sociedade.
