Nísia Trindade afirma que não há colapso no sistema de saúde e destaca ações preventivas contra leptospirose e doenças respiratórias
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou nesta terça-feira (21) que não há colapso no sistema de saúde do Rio Grande do Sul, apesar do aumento de casos de doenças respiratórias e infecciosas causadas pelas enchentes que atingiram o estado. Trindade ressaltou que todas as medidas de profilaxia necessárias, especialmente contra a leptospirose, estão sendo tomadas em parceria com o governo estadual e os municípios.
“Já demos todas as recomendações de profilaxia, assim como fizeram o estado e os municípios. Neste momento, não podemos falar de colapso do sistema de saúde no Rio Grande do Sul. Desde o início, estamos trabalhando para que isso não aconteça. Este será nosso trabalho: impedir que isso aconteça”, afirmou a ministra.
A leptospirose, doença infecciosa aguda causada pela bactéria Leptospira, é transmitida principalmente pela urina de ratos infectados. Em situação de enchentes, a contaminação das águas aumenta o risco de transmissão da doença. Apesar do cenário de risco, Nísia Trindade não recomenda a automedicação ou a medicação em massa. “Não é o caso. É o caso de observação e de uma atenção especial para as equipes de resgate, que ficam expostas mais tempo. E de estar observando esses sintomas na população”, destacou.
Ações Conjuntas e Fortalecimento do SUS
Segundo Nísia, o Ministério da Saúde está direcionando recursos para fortalecer o combate às doenças respiratórias no estado. “Os recursos para fortalecer, em nível de estado, o trabalho contra as doenças respiratórias vão nessa direção. O fortalecimento de todas as ações do SUS no estado e nos municípios vai nessa direção”, explicou a ministra.
Ela enfatizou que o atendimento na saúde está funcionando, apesar do impacto da catástrofe, graças à organização e à presença contínua das secretarias de estado e municipais no trabalho conjunto. “O atendimento na saúde está funcionando, claro, sob o impacto dessa grande catástrofe. A gente tem que usar as palavras certas. Mas é essa organização, a nossa presença aqui, as secretarias de estado e municipais nesse trabalho conjunto que podem evitar o colapso”, avaliou.
Prevenção e Observação
A ministra destacou a necessidade de balancear a comunicação sobre os riscos, sem minimizá-los ou exagerar a possibilidade de colapso. “A gente tem que ter um cuidado para não minimizar os riscos, que são claros. Mas também não reforçar a ideia de um colapso que estamos trabalhando para que não aconteça. Temos base para afirmar que esse trabalho conjunto vai gerar a proteção de que a população precisa”, concluiu Nísia Trindade.
As ações contínuas e a colaboração entre os diferentes níveis de governo são fundamentais para enfrentar a situação de saúde pública provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, garantindo que a população receba a assistência necessária e os riscos sejam adequadamente gerenciados.