
Corpo será velado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, nesta segunda-feira (20)
O cineasta Toni Venturi morreu neste sábado (18) após passar mal em uma praia no município de São Sebastião, no litoral do estado de São Paulo. Venturi havia completado 68 anos em novembro de 2023. Seu corpo será velado nesta segunda-feira (20), entre 13h e 20h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Formado em cinema pela Ryerson University, em Toronto, Canadá, Venturi também estudou cinema na Universidade de São Paulo (USP). Ele dirigiu diversos filmes ficcionais que transitam entre o drama e a comédia, muitos dos quais contaram com a atuação de sua esposa, a atriz Débora Duboc. Além de Débora, ele deixa os filhos Theo e Otto.
Um de seus longa-metragens mais aclamados, Latitude Zero (2002), é baseado na peça As Coisas Ruins da Nossa Cabeça, do dramaturgo Fernando Bonassi, e ganhou mais de uma dezena de prêmios em festivais nacionais e internacionais.
Outro trabalho de destaque foi Cabra-Cega (2005), que narrou a trajetória de dois jovens militantes durante os anos da ditadura militar. O título foi exibido em diversos eventos cinematográficos, incluindo o 37º Festival de Brasília, onde ganhou os prêmios de direção, roteiro e do público.
A filmografia de Toni Venturi inclui ainda filmes mais recentes como Estamos Juntos (2011) e A Comédia Divina (2017). Como documentarista, um de seus principais trabalhos é O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes (1997), vencedor da primeira edição do festival É Tudo Verdade e premiado em outros eventos nacionais e internacionais, incluindo um prêmio em Cuba.
Outro documentário de destaque foi Rita Cadillac – A Lady do Povo (2010). Em parceria com o arquiteto franco-argentino Pablo Georgieff, Venturi dirigiu Dia de Festa (2005), que documenta a liderança de quatro mulheres no movimento dos sem-teto da cidade de São Paulo.
A perda de Toni Venturi é sentida por muitos no meio cinematográfico e por aqueles que acompanharam sua carreira e seus trabalhos marcantes no cinema brasileiro.