
Presidente da Câmara destaca a necessidade de novos paradigmas para lidar com desastres naturais no país
Nesta terça-feira (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a recente catástrofe no Rio Grande do Sul deve alterar significativamente a forma como o Brasil enfrenta os desafios climáticos. Lira enfatizou que os desastres naturais, como as enchentes que devastaram o estado desde o fim de abril, exigem uma nova abordagem por parte do governo federal.
“As situações vão vir e à medida que cheguem, vamos votar, como fizemos na época da pandemia. Acho que isso vai mudar, inclusive, o paradigma, a forma do governo federal tratar problemas climáticos, de catástrofes que acontecerão, em outros estados, em outras épocas. Isso deve virar um parâmetro,” declarou Lira após participar de uma reunião no Palácio do Planalto. O encontro contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e de outros ministros do governo federal.
Lira acompanhará a comitiva presidencial que retorna ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (15) para anunciar novas medidas de socorro à população atingida pelas enchentes. Ele afirmou que deixará a pauta legislativa organizada para votação na quarta, após seu retorno. “Eu penso que o anúncio amanhã vem num tom mais robusto, de enfrentamento de algumas situações,” antecipou.
O presidente da Câmara também destacou que os próximos meses serão dedicados à aprovação de medidas de apoio à reconstrução do estado. “Vai ser um trabalho diário, semanal, as necessidades vão aparecendo de acordo com o andar [dos fatos],” comentou.
Entre as medidas esperadas está a criação de um auxílio financeiro temporário para as pessoas afetadas pela catástrofe climática, embora o valor ainda não tenha sido divulgado. Além disso, o presidente Lula deverá indicar um representante do governo federal para atuar de forma permanente no Rio Grande do Sul enquanto durar a calamidade pública.
Arthur Lira ressaltou a necessidade de medidas que vão além do resgate e reconstrução, visando manter o funcionamento da economia. “Hoje, eu tive a informação de que empresas do setor automobilístico de São Paulo estão paralisando por falta de peças que vêm do Rio Grande do Sul para compor. Então, é uma cadeia que vai sofrendo dificuldades, o trabalho vai ser perene,” concluiu.