Abramede emite recomendações para prevenir doenças em meio às enchentes no Rio Grande do Sul

© Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

 

Associação alerta sobre os riscos à saúde e orienta medidas de precaução durante o período de calamidade pública

 

A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) divulgou uma série de orientações com o intuito de prevenir doenças e garantir maior segurança às vítimas das enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul. As recomendações são fundamentadas na experiência de especialistas que atuam em pronto-socorros e pronto-atendimentos, visando minimizar os impactos sobre a saúde da população em meio a essa situação de calamidade pública.

A entidade alerta para os significativos impactos das tragédias de grandes proporções não apenas sobre a infraestrutura dos serviços de saúde, mas também sobre a saúde da população afetada. Após inundações, é comum o surgimento de doenças como leptospirose, hepatite A, tétano acidental, além de problemas respiratórios e transtornos transmitidos por vetores.

Entre os riscos destacados estão acidentes provocados por animais, afogamentos, traumatismos e choques elétricos, que são comuns em situações como as vivenciadas nos últimos dias no Rio Grande do Sul.

Uma das principais recomendações da Abramede é a realização de ações preventivas de desinfecção da água destinada ao consumo humano. Em locais onde a rede de abastecimento esteja comprometida, é essencial que a população consuma água de fontes seguras, como garrafas e galões lacrados.

“Na impossibilidade de consumir água mineral, é necessário realizar o procedimento de desinfecção caseira da água. Para tanto, é possível aplicar a seguinte fórmula: a cada um litro de água, utilizar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, deixando a mistura repousar depois por 30 minutos.”

Além disso, outras recomendações de especialistas em medicina de emergência incluem:

  • Evitar permanecer em locais de risco durante chuvas fortes para prevenir riscos imediatos de inundações e tardios, relacionados a doenças como leptospirose e tétano.
  • Estar atento a sintomas de doenças infecciosas, como diarreia, febre, fadiga e dores no corpo, e procurar atendimento médico caso necessário.
  • Proteger-se com equipamentos adequados, como botas plásticas, roupas resistentes e luvas, em situações de inundação.
  • Sinalizar a localização em caso de resgate por barco, pendurando um pano vermelho ou uma lanterna para facilitar a identificação.
  • Buscar atendimento em serviços de emergência com consciência, devido à intensificação dos atendimentos nesta fase.
  • Manter a caderneta de vacinação atualizada, tanto para crianças quanto para adultos.
  • Seguir as orientações das autoridades sanitárias e da defesa civil, evitando ações individuais ou pânico desnecessário.