Pacientes com papilomatose respiratória recorrente entram para grupo prioritário de vacinação contra o HPV

Foto: Breno Esaki/Agência Brasília

 

Ministério da Saúde incluiu essa condição de saúde após evidências de benefícios da vacinação como tratamento auxiliar para a doença

 

 

O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de pacientes com papilomatose respiratória recorrente nos grupos prioritários para vacinação contra o HPV. Essa decisão foi motivada por publicações que evidenciam os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para essa doença, indicando uma redução no número e no espaçamento de recidivas em pacientes imunizados.

A papilomatose respiratória recorrente é uma condição de saúde pouco frequente, mas que pode causar sérios problemas clínicos e psicológicos tanto em crianças quanto em adultos. Causada pela infecção pelo HPV, sobretudo pelos tipos 6 e 11, essa doença se caracteriza pela formação de verrugas, geralmente na laringe, podendo afetar outras partes do sistema respiratório.

O tratamento tradicional para essa condição é cirúrgico, visando a remoção das verrugas, mas mesmo com uso de medicamentos associados, as recorrências são frequentes, exigindo procedimentos cirúrgicos repetidos. Em casos graves, especialmente em crianças, as recidivas são mais agressivas, tornando o tratamento custoso, doloroso e muitas vezes ineficaz.

A vacina contra o HPV, agora disponível para pacientes com papilomatose respiratória recorrente mediante prescrição médica, representa uma nova abordagem no tratamento dessa condição. Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV no país é realizada em dose única, intensificando a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus.

Além disso, o ministério anunciou recentemente a incorporação ao SUS de um teste inovador para detecção de HPV em mulheres, que permite o rastreamento do câncer do colo do útero a cada 5 anos, sendo mais preciso que o método atualmente oferecido.

Essas medidas representam avanços importantes na prevenção e tratamento de doenças relacionadas ao HPV, que é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A inclusão de pacientes com papilomatose respiratória recorrente na vacinação prioriza a saúde e bem-estar desses indivíduos, contribuindo para reduzir as complicações causadas por essa condição de saúde.