Cobertura vacinal contra a poliomielite melhora no Brasil, aponta Unicef

Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

 

Redução significativa no número de crianças sem a primeira dose da vacina é comemorada em meio à Semana de Vacinação nas Américas

 

 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nesta terça-feira (23) dados que revelam uma melhora significativa na cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil. Em 2022, das 2.561.922 crianças nascidas vivas, 243.008 estavam sem a primeira dose da vacina. Já no ano passado, de 2.423.597 crianças nascidas vivas, 152.521 estavam sem a imunização – uma redução de mais de 90 mil no total de crianças sem a dose.

A chefe de Saúde do Unicef Brasil, Luciana Phebo, destacou que o país enfrenta queda nas coberturas vacinais desde 2015, agravada pela pandemia de covid-19. No entanto, a retomada da vacinação é celebrada como uma virada, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Ela enfatizou os avanços na cobertura vacinal de 13 das 16 principais doses infantis do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2023.

A Semana de Vacinação nas Américas, celebrada de 24 a 30 de abril, destaca a importância do esquema vacinal contra a poliomielite. A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, ressaltou que a transição para a vacina injetável contra a pólio é um passo crucial na proteção das crianças.

O Brasil substitui gradativamente a vacina oral pela versão injetável, seguindo o Calendário Nacional de Vacinação. A dose de reforço aos 4 anos será dispensada após a conclusão das três primeiras doses da vacina injetável aos 15 meses. Socorro enfatizou que acesso à água potável, aleitamento materno e vacinação são pilares fundamentais para a saúde infantil na região das Américas.