Cobertura vacinal contra a gripe atinge apenas 22% do público-alvo no Brasil

 

Dados do Ministério da Saúde revelam baixa adesão à campanha de vacinação, enquanto autoridades reforçam a importância da imunização, especialmente em meio à pandemia

 

 

A campanha nacional de vacinação contra a gripe, iniciada oficialmente em 25 de março, enfrenta desafios significativos, conforme indicado pelos últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde. Com apenas 22% do público-alvo vacinado até o momento, o país busca intensificar os esforços para atingir a meta de imunizar 75 milhões de pessoas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A partir de agora, a expectativa é imunizar 75 milhões de pessoas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), como idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, professores da rede pública de ensino, entre outros públicos prioritários”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante o lançamento da campanha.

Os números regionais refletem uma disparidade preocupante na cobertura vacinal, com os estados do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro registrando as menores porcentagens de população vacinada, variando entre 13,78% e 17,76%.

A estratégia de vacinação contra a influenza em 2024 segue um cronograma ajustado às particularidades climáticas de cada região. Nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a campanha ocorre no primeiro semestre, enquanto no Norte está programada para o segundo semestre. Essa mudança, implementada desde 2023, visa otimizar a resposta imunológica da população, especialmente durante o período do Inverno Amazônico, quando há maior circulação viral e risco aumentado de transmissão da gripe.

Este ano, a vacinação visa proteger contra as cepas da Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B, proporcionando uma defesa essencial contra os principais vírus gripais em circulação.

Enquanto autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação contra a gripe, especialmente em um contexto de pandemia contínua, a baixa adesão à campanha destaca a necessidade de intensificar os esforços de conscientização e mobilização da população para garantir a proteção coletiva contra essa doença sazonal.