A busca por um sal mais saudável: mitos e verdades sobre o consumo de sal

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Especialistas esclarecem os benefícios e riscos do consumo de diferentes tipos de sal, além de dicas para evitar o exagero

 

O sal, utilizado há séculos para conservar e realçar o sabor dos alimentos, tem sido alvo de preocupação devido aos riscos à saúde quando consumido em excesso. Nesse contexto, a busca por um sal “mais saudável” tem ganhado destaque, levantando questões sobre os diferentes tipos de sal disponíveis no mercado e seus impactos na saúde.

Segundo Cristiano Merheb, nutrólogo do Espaço Merheb, o consumo excessivo de sal está associado à hipertensão, aumentando o risco de eventos cardiovasculares graves. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um limite diário de 5 gramas de sal, porém, o consumo médio no Brasil é de 12 gramas, contribuindo para a alta incidência de hipertensão no país.

Entre os tipos de sal encontrados no mercado, destacam-se o sal refinado, o sal light, o sal marinho e o sal rosa do Himalaia. O sal light, composto por 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio, é considerado uma opção mais benéfica devido ao menor teor de sódio e maior presença de potássio, que auxilia na redução da pressão arterial.

Um estudo recente publicado no periódico Annals of Internal Medicine apontou que o sal light está associado a um menor risco de morte prematura por doenças cardiovasculares. No entanto, é importante ressaltar que o cuidado com a quantidade consumida é fundamental, evitando o uso excessivo em busca da mesma palatabilidade e o custo elevado em comparação a outros tipos de sal.

Além da escolha do sal, é essencial atentar-se aos alimentos ultraprocessados, que são ricos em sódio e contribuem significativamente para o consumo excessivo desse mineral. Alimentos como refrigerantes, comidas prontas congeladas, biscoitos, molhos prontos e salgadinhos são exemplos de produtos que devem ser evitados para manter uma dieta equilibrada em relação ao sal.

Para evitar o consumo excessivo de sal, especialistas recomendam atenção às quantidades utilizadas durante o preparo das refeições e o cuidado com alimentos industrializados, optando por opções mais naturais e saudáveis.