
Estudo com dez mil participantes destaca os benefícios do toque na redução da dor, ansiedade e depressão
Uma pesquisa abrangente realizada com dez mil participantes revelou que o toque físico consensual pode desempenhar um papel significativo na promoção da saúde mental. O estudo, conduzido por pesquisadores internacionais, destacou que o simples gesto de tocar pode aliviar dores e sintomas de ansiedade e depressão.
Além disso, a pesquisa constatou que a frequência do toque é um fator importante, sugerindo que interações mais frequentes tendem a produzir melhores resultados. Essas descobertas têm o potencial de informar intervenções na saúde pública, destacando a importância do contato físico nas políticas de bem-estar.
Interessantemente, o estudo observou que o toque em robôs sociais, cobertores pesados e travesseiros de corpo também demonstrou efeitos positivos na saúde mental. No entanto, o contato “pele com pele” foi identificado como sendo mais eficaz para essa finalidade.
Quando se trata de crianças, as interações conduzidas pelos pais mostraram resultados mais significativos do que as realizadas por profissionais de saúde. Surpreendentemente, o tempo de contato não parece ser um fator determinante nos benefícios percebidos. Mesmo um abraço rápido foi associado a melhorias na saúde mental, conforme relatado pelos participantes.
Julian Packheiser, pesquisador do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade de Ruhr, enfatizou a importância do consentimento no toque consensual: “Isso nos levou à conclusão de que o toque consensual melhora o bem-estar de pacientes em cenários clínicos e pessoas saudáveis também. Então, se você sentir vontade de abraçar familiares ou amigos – não se segure, desde que a outra pessoa dê seu consentimento.”
O estudo foi conduzido por um time de 130 estudantes internacionais das Universidades de Ruhr e Duisburg-Essen, na Alemanha, e de Amsterdã, na Holanda. As pesquisas futuras têm como objetivo explorar mais a fundo a diferença entre o toque afetivo e instrumental, o impacto do contato com animais de estimação e a inclusão desse tipo de interação em políticas de saúde pública.