Brasil se une a rede global de monitoramento de coronavírus para antecipar futuras pandemias

© Rovena Rosa/Agência Brasil

 

CoViNet: Laboratório brasileiro passa a integrar esforços internacionais para detectar novas cepas e preparar respostas eficazes

 

 

O Brasil fortalece sua presença no combate à pandemia ao integrar a CoViNet, rede internacional de vigilância de coronavírus. Com representação do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o país se une a 36 laboratórios de 21 nações, consolidando esforços para antecipar ameaças à saúde pública. A iniciativa, derivada da rede estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia de covid-19, visa monitorar diferentes cepas do coronavírus, incluindo possíveis mutações, tanto em humanos quanto em animais e no ambiente.

O laboratório brasileiro, com vasta experiência no monitoramento do vírus influenza, expande sua atuação para o SARS-CoV-2 desde 2020. Agora, sua integração à CoViNet reforça o compromisso de preparar-se para futuras emergências virais, contribuindo para a formulação de estratégias de saúde global. A chefe do laboratório, Marilda Siqueira, destaca a importância do monitoramento constante e da colaboração internacional para enfrentar desafios imprevisíveis, como novas pandemias.

O trabalho da CoViNet inclui não apenas o acompanhamento do SARS-CoV-2, mas também a vigilância de outros coronavírus e potenciais hospedeiros animais. Essa abordagem abrangente visa identificar mutações que possam afetar a eficácia das vacinas e a adaptação do sistema de saúde para atender às necessidades da população. Reuniões regulares e troca frequente de informações entre os membros da rede garantem uma resposta ágil diante de mudanças no cenário viral.

O Brasil, que já possui manuais e guias para pandemias de influenza, revisa suas estratégias à luz das lições aprendidas com a covid-19. O objetivo é fortalecer a preparação nacional e internacional para futuras emergências de saúde, reconhecendo a interdependência entre saúde humana, animal e ambiental. Os dados gerados pela CoViNet orientarão políticas e a composição de vacinas, assegurando uma abordagem baseada em evidências científicas atualizadas.