
Figura emblemática do movimento trabalhista, Riani foi perseguido durante a ditadura militar
Na tarde desta sexta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seus sentimentos pela morte de Clodesmidt Riani, ex-líder sindical e ex-deputado por Minas Gerais. Riani faleceu na quinta-feira (4), em Juiz de Fora (MG), aos 103 anos, devido a complicações de uma insuficiência renal, após cerca de 15 dias de internação.
Lula destacou a importância de Riani como uma das principais lideranças sindicais brasileiras do século XX, ressaltando seu papel fundamental no cenário político e sindical do país durante as décadas de 1950 e 1960. Ele foi líder do Comando Geral dos Trabalhadores, que desempenhou um papel crucial na conquista do 13º salário, e teve seu mandato cassado durante a ditadura militar.
“Meus sentimentos aos familiares, amigos e companheiros de luta de Clodesmidt Riani”, escreveu o presidente em sua nota de pesar.
Nascido em Rio Casca (MG), Riani iniciou sua trajetória como líder sindical em Juiz de Fora, onde se destacou como representante dos trabalhadores da antiga Companhia Mineira de Eletricidade. Além disso, ele representou o Brasil na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e atuou na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI).
Durante sua presidência no Comando Geral dos Trabalhadores, o país foi alvo de um golpe militar, em março de 1964, que deu início a uma ditadura que durou 21 anos. Riani foi preso e torturado pelo regime.
O enterro de Clodesmidt Riani ocorreu na tarde desta sexta-feira em Juiz de Fora, cidade onde construiu sua carreira e deixou um legado significativo no movimento sindical brasileiro.