A Petrobras realizou recentemente dois eventos para discutir e defender a exploração de petróleo e gás na chamada margem equatorial brasileira. Esta região, considerada um potencial “novo pré-sal”, abrange uma área extensa desde a costa marítima do Rio Grande do Norte até o Amapá, incluindo as bacias hidrográficas da foz do rio Amazonas.
O debate em torno dessa exploração tem gerado controvérsias, especialmente de grupos ambientalistas, mídia e organizações internacionais que questionam a expansão da extração de hidrocarbonetos, apontados como contribuintes significativos para o aquecimento global.
Consciente da oposição enfrentada, a Petrobras promoveu encontros sobre o tema em São Luís, no Maranhão, reunindo governadores do Norte e Nordeste, e em Brasília, com representantes do Legislativo, Executivo, imprensa e sociedade civil.
Durante o evento em Brasília, o gerente executivo de exploração da Petrobras, Jonilton Pessoa, defendeu a necessidade de diversificar as fontes de energia, destacando que o petróleo ainda desempenha um papel crucial na transição energética para fontes mais limpas.
Por outro lado, entidades como a WWF Brasil têm se posicionado contra a expansão da exploração de petróleo na região equatorial, argumentando que a demanda mundial por petróleo pode ser atendida pelos campos já existentes, sem a necessidade de novos poços. A questão ambiental também é levantada, com preocupações sobre possíveis vazamentos de óleo e seus impactos na fauna, flora e nas comunidades locais.
A Petrobras, por sua vez, argumenta que possui capacidade técnica e protocolos rigorosos para proteger o meio ambiente durante a exploração, enfatizando seu histórico de segurança operacional em águas profundas e ultra profundas.
O debate sobre a exploração na margem equatorial brasileira continua, envolvendo não apenas questões técnicas e econômicas, mas também preocupações ambientais e sociais que demandam um diálogo transparente e participativo com a sociedade.