O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (20) cortar a taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% ao ano para 10,75% ao ano. Esse é o sexto corte consecutivo desde agosto, quando o ciclo de aperto monetário foi interrompido.
Mesmo com a recente alta do dólar e os juros elevados nos Estados Unidos, o Copom optou por continuar o processo de redução da Selic, conforme as expectativas do mercado financeiro. A previsão é que a taxa encerre o ano em 9% ao ano.
Na ata da última reunião, em janeiro, o Copom constatou que a desaceleração da economia está diminuindo e reafirmou a intenção de novos cortes de juros. O Banco Central também destacou a importância das medidas de melhoria das contas públicas para evitar um eventual repique da inflação.
O cenário internacional, marcado pela perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos e por tensões geopolíticas, tem sido considerado um desafio para a política de redução dos juros no Brasil.
O IPCA, índice oficial de inflação, registrou 0,83% em fevereiro, impulsionado por educação e alimentos, acumulando alta de 4,5% em 12 meses, no limite da meta para 2024, estabelecida entre 3% e 4,5%.
A decisão do Copom de reduzir a Selic visa estimular a atividade econômica e facilitar o acesso ao crédito, contribuindo para o controle da inflação e o estímulo ao crescimento do país. O próximo Relatório de Inflação do Banco Central, que trará novas projeções econômicas, será divulgado no fim de março.
