Presidente Lula participa de cúpula na Guiana e reforça laços com o Caribe

Foto: Ricardo Stuckert / PR

 

Lula aborda disputa territorial entre Guiana e Venezuela e reforça prioridades brasileiras na presidência do G20

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu nesta quarta-feira (28) rumo a Georgetown, capital da Guiana, onde é convidado especial para o encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), a ocorrer ainda nesta tarde. Lula também se reunirá com autoridades locais para tratar de assuntos bilaterais, incluindo a tensão territorial entre Guiana e Venezuela pela região de Essequibo.

Antes da cúpula, o presidente brasileiro tem uma agenda de trabalho marcada com o chefe de governo da Guiana, Irfaan Ali, e com o presidente do Suriname, Chan Santokhi, para discutir temas trilaterais, como energia e integração infraestrutural. Ele também se encontrará com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.

Na Caricom, as conversas devem abranger pautas como desenvolvimento sustentável e segurança alimentar. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil enfatizou que a participação de Lula visa reforçar os laços entre o Brasil e os países caribenhos.

Em seu discurso, Lula abordará questões pertinentes à agenda brasileira no G20, enfocando a inclusão social, o combate à desigualdade e às mudanças climáticas, além da promoção do desenvolvimento sustentável. O presidente destacará também a importância da reforma das instituições globais para refletir a atual geopolítica.

A Guiana assume a presidência rotativa da Caricom no primeiro semestre de 2024. A organização, fundada em 1973 e sediada em Georgetown, busca a integração econômica e a cooperação política e social entre seus 15 membros.

Após a cúpula na Guiana, Lula segue para São Vicente e Granadinas, onde participará da abertura da 8ª cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A reintegração do Brasil à Celac, após ter se retirado do bloco, representa uma das primeiras medidas de política externa do governo Lula em 2023, quando iniciou seu terceiro mandato.