
Os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23), apontam avanços significativos na cobertura dos serviços de coleta de lixo no Brasil. Segundo a pesquisa, 90,9% dos brasileiros têm acesso a esse serviço, seja de forma direta ou indireta.
A pesquisa revela que a maioria dos moradores (82,5%) tem seus resíduos sólidos coletados diretamente no domicílio por serviços de limpeza. Por outro lado, 8,4% precisam depositar seu lixo em caçambas para que seja recolhido pelas equipes de limpeza.
Esses números representam um aumento considerável em relação aos anos anteriores. Em 2000, por exemplo, apenas 76,4% dos brasileiros tinham acesso à coleta de lixo, número que subiu para 85,8% em 2010 e agora atinge os 90,9% em 2022.
A distribuição desse acesso varia entre os estados brasileiros, com São Paulo liderando com a maior cobertura (99%) e o Maranhão apresentando um dos maiores avanços, passando de 53,5% em 2010 para 69,8% em 2022.
No entanto, a pesquisa também aponta para desigualdades regionais. Enquanto o Sudeste e o Sul apresentam os maiores percentuais de cobertura, com 90,7% e 83,9%, respectivamente, o Norte e o Nordeste ainda registram números mais baixos, com 46,4% e 58,1%.
Além disso, o Censo 2022 também abordou o acesso à água para consumo, mostrando que 82,9% dos brasileiros são abastecidos por redes gerais de distribuição. No entanto, o estudo ressalta a importância de garantir não apenas o acesso à água, mas também sua potabilidade e regularidade no fornecimento.
Os resultados do Censo também revelam informações sobre o tipo de moradia no país, com as casas representando a maioria dos domicílios (84,8%), seguidas por apartamentos (12,5%) e casas em vilas ou condomínios (2,4%).
Esses dados destacam a importância de políticas públicas contínuas e eficazes para garantir o acesso universal aos serviços básicos de saneamento e habitação em todo o Brasil.