Dieta atlântica pode reduzir risco de síndrome metabólica, aponta estudo

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Pesquisa publicada no JAMA Network Open revela os benefícios da alimentação baseada em peixes, legumes e azeite para a saúde metabólica

 

 

Um estudo recente publicado no JAMA Network Open trouxe novas evidências sobre os benefícios da dieta atlântica, popular em regiões de Portugal e Espanha, na redução do risco de síndrome metabólica. Essa dieta, semelhante à mediterrânea, é composta por alimentos como peixes, legumes, azeite, frutas, carnes magras, lacticínios e vinho com moderação.

A síndrome metabólica é um conjunto de doenças associadas à resistência à insulina, e sua ocorrência está relacionada a fatores como obesidade central, hipertensão arterial, glicemia alterada, níveis elevados de triglicerídeos e baixo colesterol HDL. De acordo com o estudo, a adoção da dieta atlântica pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento dessa condição.

Para realizar a pesquisa, os cientistas analisaram dados de mais de 3.500 adultos, divididos em grupos que seguiram a dieta atlântica e o padrão alimentar convencional. Os resultados mostraram que o grupo que adotou a dieta atlântica teve uma melhora expressiva na saúde metabólica, com uma menor incidência de síndrome metabólica em comparação com o grupo controle.

Entre os participantes sem síndrome metabólica no início do estudo, apenas 2,7% daqueles que seguiram a dieta atlântica desenvolveram a condição, enquanto no grupo controle esse número foi de 7,3%. Além disso, o grupo da dieta atlântica apresentou uma redução de 42% no risco de desenvolver critérios adicionais da síndrome metabólica em comparação com o grupo controle.

Embora ambos os grupos tenham reduzido as emissões de carbono associadas à alimentação, não houve diferença estatisticamente significativa entre eles nesse aspecto. Os pesquisadores sugerem que a influência da família nas mudanças pessoais associadas à pegada de carbono pode ter contribuído para essa redução.

O estudo ressalta a importância da dieta atlântica como uma estratégia eficaz na prevenção e no tratamento da síndrome metabólica, destacando seus benefícios para a saúde metabólica e ambiental. Essas descobertas oferecem novas perspectivas para a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a redução do risco de doenças metabólicas.