Histórias de superação e denúncias marcam o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase
No cenário da luta contra a hanseníase, os relatos de quem enfrenta a doença revelam não apenas os desafios do diagnóstico precoce e do tratamento, mas também a persistência do preconceito e da falta de informação, mesmo em áreas consideradas de maior desenvolvimento social.
João Victor Pacheco, aos 28 anos, carrega consigo não só a experiência do diagnóstico aos 17 anos, mas também o ativismo pela conscientização sobre a hanseníase. Em sua trajetória, enfrentou não apenas os sintomas da doença, mas a falta de conhecimento dos profissionais de saúde e o estigma social.
Em um relato à jornalista Mara Régia, no programa Viva Maria, da Rádio Nacional, João Victor destacou os desafios enfrentados desde o início de sua jornada, ressaltando a importância de um diagnóstico precoce para evitar complicações futuras. Sua história reflete não apenas a batalha pessoal contra a doença, mas também a luta pela conscientização e pelo acesso à saúde de qualidade.
Marly Barbosa de Araújo, técnica em nutrição, compartilha experiências semelhantes de diagnóstico tardio e preconceito. Moradora de uma área nobre em Brasília, ela denuncia o que chama de “preconceito ao contrário”, destacando que a doença não escolhe classe social. Seu testemunho evidencia a necessidade de desmistificar estereótipos e promover uma compreensão mais ampla sobre a hanseníase.
Os relatos de João Victor e Marly se somam às estatísticas preocupantes da doença no Brasil. Com números crescentes de diagnósticos, especialmente em estados como Mato Grosso, a hanseníase continua desafiando os esforços de combate e prevenção.
Neste Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase, é essencial não apenas conscientizar sobre os sintomas e o tratamento da doença, mas também promover a inclusão e o respeito aos que vivem com ela. A luta contra a hanseníase não se limita às fronteiras da saúde, mas também abrange a busca por uma sociedade mais justa e igualitária.
