O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que o ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história do Brasil, com uma média de temperatura de 24,92 graus Celsius (ºC). Esse valor representa um aumento de 0,69 °C em relação à média histórica de 1991/2020, que é de 24,23 °C. A influência do fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico Equatorial, contribuiu para nove episódios de onda de calor ao longo do ano.
Setembro foi o mês com o maior desvio, apresentando 1,6 ºC acima da média histórica. A análise do Inmet indicou que, desde 1961 até 2023, há uma tendência estatisticamente significativa de aumento das temperaturas anuais no Brasil. O fenômeno está associado à mudança climática global e a alterações ambientais locais.
Os estados mais afetados pelas altas temperaturas foram o sul do Pará, Mato Grosso, sul de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, áreas de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco e Ceará.
A nível global, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que a temperatura média da superfície global em 2023 foi 1,4°C acima da média histórica de 1850/1900, tornando-o o ano mais quente em 174 anos de medições meteorológicas. A União Europeia, por meio do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, confirmou que 2023 foi o ano mais quente registrado no planeta, provavelmente superando os últimos 100 mil anos.
