Lula defende punição exemplar para participantes de atos golpistas de 8 de janeiro

© Foto Lula Marques/ Agência Brasil

 

Presidente afirma que perdão seria impunidade durante evento em defesa da democracia

 

 

 

Nesta segunda-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento enfático em defesa da democracia durante o evento “Democracia Inabalada”, que marcou um ano da depredação dos palácios da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Lula defendeu uma punição exemplar para todos aqueles que tiveram qualquer participação nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado.

“Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas”, destacou o presidente em seu discurso.

O evento contou com a presença dos presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além de parlamentares, ministros, ex-ministros e representantes da sociedade civil. A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, foi a primeira a discursar em nome dos governadores do país.

Lula alertou sobre as consequências drásticas que uma deposição da democracia teria para a estabilidade política do país, salientando que o desrespeito ao resultado das eleições representaria um ataque à vontade soberana do povo brasileiro. Ele elogiou a coragem de diversas autoridades, parlamentares, governadores, ministros e, principalmente, do povo brasileiro, que garantiram a celebração da vitória da democracia sobre o autoritarismo.

Ao mencionar a presença no Senado, Lula destacou a coragem dos trabalhadores da Polícia Legislativa, que se recusaram a aderir ao golpe e defenderam o prédio do Congresso Nacional durante a invasão, mesmo em minoria. O evento marcou uma reflexão sobre a importância da preservação da democracia e a responsabilidade de repudiar tentativas de golpes contra o Estado de Direito.