
O Brasil chora a perda do tetracampeão mundial, Mário Jorge Lobo Zagallo, cuja trajetória se entrelaça com a glória da seleção amarelinha
Nesta sexta-feira (5), às 23:41, o mundo do futebol perdeu uma de suas maiores lendas, Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. O ex-jogador, técnico e coordenador técnico da seleção brasileira faleceu no Hospital Barra D’Or, vítima de falência múltipla de órgãos.
Zagallo, conhecido como o “Velho Lobo”, teve uma carreira brilhante, participando de quatro dos cinco títulos mundiais do Brasil. Sua paixão pelo número 13, associada à devoção de sua esposa Alcina a Santo Antônio, marcou sua vida e carreira.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decretou luto de sete dias, homenageando o ícone do futebol brasileiro. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, expressou pesar pela partida do “eterno campeão”.
O velório de Zagallo será na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, a partir das 9h30 de domingo (7), com sepultamento no Cemitério São João Batista às 16h do mesmo dia.
Trajetória Brilhante
Nascido em Atalaia, Alagoas, em 8 de agosto de 1931, Zagallo mudou-se para o Rio de Janeiro antes de completar um ano. Sua jornada começou no América-RJ e culminou em conquistas notáveis pelo Flamengo e pelo Botafogo, consolidando-se como jogador talentoso e estrategista.
O triunfo na Copa do Mundo de 1958, com o título da Taça Oswaldo Cruz, foi apenas o início da história vitoriosa de Zagallo com a seleção. Sua participação na conquista da segunda estrela em 1962, no Chile, é inesquecível.
Transicionando para a carreira de técnico, Zagallo levou o Botafogo ao título brasileiro em 1968. À frente da seleção, conquistou o tricampeonato na Copa do Mundo de 1970, no México, com um time que se tornaria lendário.
Sua contribuição ao futebol continuou comandando clubes nacionais e seleções estrangeiras. Em 1994, retornou à seleção como coordenador técnico, alcançando sucesso notável nas Copas América e na Copa das Confederações.
“Vocês vão ter que me engolir!”, declarou Zagallo após vencer a Copa América de 1997, desafiando os críticos. Seu último capítulo como coordenador foi a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
Foram 135 jogos como técnico, com 79,7% de aproveitamento, e mais 72 como coordenador. Zagallo deixa um legado inigualável no futebol, um ícone que sempre será lembrado como parte inseparável da história gloriosa da seleção brasileira.