Projeto pioneiro na cidade carioca utiliza drones para plantar sementes em áreas de difícil acesso, visando amenizar ondas de calor e fortalecer o reflorestamento
O Rio de Janeiro embarca em uma iniciativa inovadora para impulsionar a recuperação de suas áreas verdes. A prefeitura da cidade anunciou a implementação de drones equipados com inteligência artificial para realizar ações de reflorestamento em locais de difícil acesso e encostas. Com a capacidade de lançar sementes em uma área de 50 hectares por dia, esses drones representam uma estratégia eficaz para acelerar o processo de reflorestamento.
O prefeito Eduardo Paes e a secretária de Meio Ambiente e Clima, Taína de Paula, acompanharam uma demonstração do uso desses equipamentos no Mirante do Pedrão, em Botafogo, dentro do Parque Maciço da Preguiça, zona sul do Rio. A secretária destacou que o reflorestamento não apenas contribuirá para a preservação ambiental, mas também auxiliará a população a enfrentar as ondas de calor.
O projeto-piloto será realizado na Floresta da Posse, em Campo Grande, zona oeste da cidade, com expectativa de impactos visíveis em dois a cinco anos, período necessário para o crescimento das plantas. A prefeitura investirá R$ 27 mil em uma parceria com a startup franco-brasileira Morfo, especializada nessa tecnologia. A startup fornecerá suporte às equipes do Refloresta Rio, programa de reflorestamento da prefeitura.
O CEO da Morfo, Grégory Maitre, explicou que o uso de drones acelera significativamente o processo de plantio, sendo 100 vezes mais rápido do que os métodos tradicionais. A startup também realizará mapeamento e digitalização do território, estudos de área a ser reflorestada, acompanhamento das áreas plantadas e seleção de sementes, inclusive encapsuladas para otimizar a germinação.
A inteligência artificial será fundamental na definição do plano de plantio, calculando quais sementes e espécies serão usadas em cada área, criando padrões eficientes. O Refloresta Rio, lançado na década de 1980, conta com a colaboração de moradores locais para as ações de reflorestamento.
Camila Rocha, gerente do Programa Mutirão Reflorestamento, enfatiza que os drones serão uma ferramenta valiosa para os trabalhadores, permitindo o acesso a áreas distantes e auxiliando no monitoramento. O uso de tecnologia inovadora visa tornar o processo mais eficaz e contribuir para a sustentabilidade ambiental no Rio de Janeiro.