Inovação Científica: Novos polímeros prometem combater bactérias sem causar resistência antibiótica

Foto de National Cancer Institute na Unsplash

 

Pesquisa liderada pela Texas A&M University desenvolveu polímeros antibacterianos com potencial de enfrentar desafios na saúde

 

 

Uma recente pesquisa liderada pela Texas A&M University revela avanços promissores na luta contra bactérias resistentes a antibióticos. A equipe de cientistas desenvolveu uma nova família de polímeros com a capacidade de eliminar bactérias sem induzir um aumento na resistência a antibióticos.

Enfrentar a resistência bacteriana é um dos maiores desafios da ciência médica, pois bactérias cada vez mais resistentes demandam a descoberta de medicamentos mais potentes. A utilização frequente de antibióticos pode levar a uma resposta adaptativa das bactérias, tornando-as mais resistentes e difíceis de serem combatidas.

O Dr. Quentin Michaudel, professor do departamento de Química da Texas A&M University e líder da pesquisa, destaca a importância dos novos polímeros: “Os polímeros que sintetizamos podem ajudar a combater a resistência aos antibióticos no futuro, fornecendo moléculas antibacterianas que operam por um mecanismo contra o qual as bactérias não parecem desenvolver resistência.”

Os polímeros foram testados em duas superbactérias notórias: Escherichia coli e Staphylococcus aureus (MRSA). Além disso, a pesquisa buscou avaliar o impacto desses polímeros sobre os glóbulos vermelhos humanos.

Michaudel explica um desafio comum enfrentado pelos polímeros antibacterianos: “A falta de seletividade entre bactérias e células humanas quando atingem a membrana celular.” Ele enfatiza a importância de encontrar o equilíbrio certo para inibir o crescimento bacteriano sem prejudicar células humanas.

O próximo passo para a equipe de pesquisa é avaliar a seletividade dos polímeros, garantindo que possam destruir as bactérias de forma eficaz sem causar danos às células humanas. Somente após essa etapa, o grupo planeja iniciar testes em organismos vivos, buscando contribuir significativamente na abordagem de desafios relacionados à resistência antibiótica.