Dados do Ministério do Trabalho e Emprego revelam saldo positivo no mês passado, com destaque para os setores de serviços e comércio
O Brasil apresentou um saldo positivo de 130.097 postos de trabalho com carteira assinada no mês de novembro, conforme divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Os dados do Novo Caged revelaram que, durante o mês, houve 1.866.752 admissões e 1.736.655 demissões.
No acumulado de janeiro a novembro, o país gerou 1.914.467 novos postos de trabalho. Os estados que lideraram esse crescimento foram São Paulo, com um aumento de 551.172 empregos (crescimento de 4,2%), seguido por Minas Gerais (187.866) e Rio de Janeiro (165.701).
O setor de serviços foi o destaque do ano, com um saldo de 1.067.218 postos formais de trabalho, representando 59,8% do total de novas vagas. As atividades de informação, comunicação, serviços financeiros, imobiliários, profissionais e administrativos foram as principais impulsionadoras desse crescimento, de acordo com o governo.
Durante entrevista coletiva, Francisco Macena, secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, destacou a positividade dos resultados, considerando as expectativas econômicas. Ele enfatizou que o setor de serviços liderou a geração de empregos e apontou a elevada taxa de juros como um desafio enfrentado pelo mercado de trabalho.
O comércio também teve um papel significativo, com a criação de 88.706 empregos, principalmente no setor varejista de artigos do vestuário, supermercados e calçados. Por outro lado, setores como a indústria e a construção civil enfrentaram quedas, com menos 12.911 e 17.300 postos de trabalho, respectivamente.
Macena expressou otimismo para o próximo ano, destacando a redução da taxa de juros sinalizada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e os investimentos no setor da construção civil por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
No que diz respeito à diversidade, houve um saldo positivo para diferentes grupos, incluindo mulheres (95.356 postos), homens (34.732 postos), pessoas com deficiência (1.344 postos) e diferentes grupos étnicos.
O governo acredita que o aumento do salário mínimo e as medidas econômicas complementares proporcionarão um círculo virtuoso de empregos formais e renda para o próximo ano.
