Harmonia entre poderes eleva nota da dívida pública brasileira, afirma Ministro da Fazenda

© Valter Campanato/Agência Brasil

 

 

Fernando Haddad destaca a aprovação da reforma tributária como exemplo de coordenação entre Executivo e Legislativo

 

 

Nesta terça-feira (19), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a elevação da nota da dívida pública brasileira à harmonia entre os Poderes Executivo e Legislativo. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P Global) aumentou a nota da dívida soberana do Brasil em dois níveis, situando-a dois níveis abaixo do grau de investimento. Haddad destacou que a aprovação da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal representa um exemplo da coordenação entre os Poderes em prol de um objetivo comum.

“A S&P estava aguardando o desfecho das reformas. Preciso salientar que quando há harmonia entre Poderes, quando se unem em torno de uma causa, para colocar ordem nas contas, garantir orçamento, quando o país tem projeto, as agências percebem que há coordenação em torno de objetivo maior”, afirmou Haddad.

O ministro elogiou o trabalho do Congresso, especialmente dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Ele ressaltou a importância do trabalho conjunto para as conquistas, mencionando a promulgação da reforma tributária após três décadas de espera, agendada para o dia seguinte.

Apesar da melhoria na nota, Haddad reconheceu desafios para garantir estabilidade em 2024, destacando a implementação do novo marco fiscal, a busca por crescimento econômico acima da média global e a recomposição da base tributária, com ênfase na arrecadação junto à parcela mais rica da população.

Para Haddad, o Brasil precisa crescer mais que a média mundial nos próximos anos para corrigir distorções. Ele expressou a opinião de que o país deveria ter o grau de investimento, considerando que possui uma dívida em moeda estrangeira bastante reduzida.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também celebrou a elevação da nota da dívida do governo brasileiro, destacando a importância da parceria entre o governo e o Congresso para a aprovação da reforma tributária após 35 anos.