
Moradias serão destinadas a famílias sem teto que participaram da ocupação em 2014
Neste sábado (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de assinatura do contrato que marca o início das obras do empreendimento Copa do Povo, localizado em Itaquera, zona leste de São Paulo. As moradias construídas serão destinadas a famílias sem teto que participaram da ocupação conhecida como Copa do Povo em 2014. O projeto será realizado em parceria com o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e por meio do programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades.
Durante o discurso, Lula destacou a coragem do movimento social. “O que vocês estão conquistando hoje não é mérito do governo Lula, não é mérito do Boulos, é mérito da coragem que vocês tiveram”, enfatizou ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), líder do MTST na época da ocupação.
A ocupação Copa do Povo enfrentou diversas tentativas judiciais de reintegração de posse ao longo dos anos, com a desapropriação do terreno sendo uma reivindicação constante em manifestações. O investimento total do governo federal no empreendimento será de R$ 453 milhões, dos quais R$ 33 milhões foram destinados à aquisição do terreno. Além do aporte federal, há previsão de investimentos do governo estadual e da prefeitura de São Paulo.
Inicialmente, serão construídas 650 moradias em prédios de 12 andares, com elevadores e apartamentos de 68 metros quadrados com varanda. Além das unidades previstas no termo assinado, está programada a construção de mais 2 mil moradias para atender a todas as famílias que participam da ocupação.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, elogiou a qualidade das residências construídas por movimentos sociais. “As unidades habitacionais que são construídas por vocês são as melhores do Minha Casa, Minha Vida que existem. As casas são maiores, têm melhores equipamentos”, destacou durante o evento. Além de Lula e Boulos, participaram da cerimônia os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Marina Silva (Meio Ambiente).