CNI projeta crescimento de 1,7% na economia brasileira em 2024

© CNI/José Paulo Lacerda/Direitos reservados
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Previsões indicam crescimento de 3% para o PIB em 2023, impulsionado por fatores conjunturais

 

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou hoje o “Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024”, no qual projeta um crescimento de 1,7% para a economia brasileira no próximo ano. Para 2023, a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país, cresça 3%, mantendo o mesmo percentual observado no ano anterior.

Apesar do resultado positivo, a CNI ressalta que o crescimento em 2023 não sinaliza o início de um novo ciclo de desenvolvimento. Segundo a entidade, o PIB atual foi influenciado por fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento no setor agropecuário, enquanto os investimentos produtivos apresentaram queda.

No setor industrial, a previsão de crescimento para 2024 é mais modesta, com 0,3% para a indústria de transformação e 0,7% para a indústria da construção. Esses números representam uma recuperação em relação às quedas estimadas para 2023, que apontam para um declínio de 0,7% na indústria de transformação e 0,6% na indústria da construção.

Quanto aos investimentos, a análise da CNI indica uma queda de 3,5% em 2023, resultando em uma taxa de investimento de 18,1% do PIB, ante 19,3% em 2022. A confederação destaca a necessidade de uma estratégia de médio e longo prazo para sustentar taxas de investimento iguais ou superiores a 20% do PIB, a fim de impulsionar um melhor desempenho nos próximos anos.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressaltou a importância do aumento do investimento para um crescimento econômico sustentado. Ele destacou que a agenda da economia verde, sustentabilidade, pesquisa, inovação e transformação digital aponta o caminho para atrair indústrias e desenvolver infraestrutura, contribuindo para a transição para uma economia de baixo carbono.

Quanto ao mercado de trabalho, a CNI não prevê um crescimento semelhante ao registrado em 2023, projetando uma alta de 2,9% na massa salarial em 2024, em comparação com a alta de 6,4% neste ano. A confederação atribui essa projeção a efeitos negativos da política monetária de juros altos no emprego.

Sobre o cenário internacional, a avaliação da CNI é pouco favorável, o que pode impactar as exportações brasileiras, impedindo novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial. O saldo recorde em 2023 foi impulsionado por exportações de produtos agropecuários e da indústria extrativa.