BNDES captará US$ 1,7 bilhão para investir em infraestrutura sustentável e combate às mudanças climáticas

© Ricardo Stuckert/PR

 

Contratos assinados com o Banco do Brics permitirão investimentos em projetos alinhados ao desenvolvimento sustentável e à mitigação de impactos ambientais

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) celebrou contratos com o New Development Bank (NDB), conhecido como Banco do Brics, para captar US$ 1,7 bilhão, aproximadamente R$ 8,5 bilhões, destinados a investimentos em projetos de infraestrutura sustentável e ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A cerimônia realizada na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfatizou a importância desses recursos para o financiamento de projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável do país.

Os US$ 1,2 bilhão serão direcionados para investimentos em infraestrutura sustentável, abrangendo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), enquanto os US$ 500 milhões serão destinados a projetos específicos de combate às mudanças climáticas.

Os projetos apoiados devem seguir as políticas operacionais do BNDES e serão avaliados com base em indicadores como a redução de emissões de gás carbônico (CO2) equivalente e o número de pessoas beneficiadas com acesso a saneamento, mobilidade urbana e infraestrutura social.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel crucial do Brasil no desenvolvimento sustentável global e no uso de energias limpas. “Vamos mostrar a importância para o PAC e para gente de descarbonizar a economia”, afirmou.

A captação para investimentos em infraestrutura sustentável contemplará áreas como energia renovável, transporte e logística, saneamento, mobilidade urbana, tecnologias da informação e comunicação (TIC) e infraestrutura social, focando em educação e saúde. O prazo para essa operação é de 24 anos, permitindo que até 30% dos recursos sejam utilizados para o financiamento de debêntures nos setores definidos.

Já os projetos relacionados à agenda de redução de emissões de gases do efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas abrangerão áreas como mobilidade urbana sustentável, resíduos sólidos, energias renováveis, equipamentos eficientes, cidades sustentáveis e preservação de florestas nativas. O prazo para utilização desses recursos é de 11 anos e seis meses.

Dilma Rousseff, presidenta do New Development Bank, ressaltou o caráter atrativo do empréstimo para o Brasil, destacando sua aplicação em desenvolvimento sustentável inclusivo. Desde sua criação em 2014, o NDB já aprovou 98 projetos, totalizando mais de US$ 32 bilhões em investimentos, com uma carteira de projetos no Brasil chegando a US$ 5,7 bilhões até o final de 2022.