Registros da Defesa Civil mostram redução na movimentação do solo, mas área desocupada permanece sob risco iminente
Novos dados divulgados pela Defesa Civil de Maceió revelam uma diminuição significativa no ritmo de afundamento da mina de extração de sal-gema número 18, localizada no bairro Mutange. No entanto, apesar dessa redução, a preocupação persiste, pois a área desocupada continua sob a ameaça iminente de desabamento.
Segundo os registros, a movimentação do solo, que era de 0,7 centímetros por hora pela manhã, caiu para 0,3 centímetros por hora no início da noite deste domingo. Nas últimas 24 horas, o afundamento totalizou 7,4 centímetros, acumulando um total de 1,69 metros desde terça-feira (28/12).
A mina número 18 tem sido alvo de atenção devido aos abalos sísmicos registrados recentemente. No sábado e na sexta-feira, dois tremores foram detectados a 300 metros de profundidade, com magnitudes de 0,39 e 0,89, respectivamente. Não há, até o momento, registros de novos abalos, mas a vigilância permanece.
A Defesa Civil continua a orientar a população a evitar a área desocupada na capital, reforçando as medidas de segurança. Desde 2019, cerca de 60 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas residências devido ao receio dos tremores de terra, que resultaram em rachaduras nos imóveis da região.
A exploração de 35 minas de sal-gema pela Braskem, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), é apontada como a causa principal do deslocamento massivo da população. Bairros antes movimentados e populosos transformaram-se em áreas praticamente desertas.
A situação continua delicada, com a Defesa Civil alertando que a área da mina número 18 apresenta risco iminente de desabamento, podendo criar uma cratera com potencial maior que o estádio do Maracanã. A Braskem, por sua vez, informou que há possibilidade tanto de um grande desabamento quanto de estabilização do solo, sendo monitorada atentamente pela equipe técnica da empresa e autoridades locais.