Brasil faz história nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago com 317 medalhas e recorde de conquistas

Foto: Saulo Cruz/CPB

 

Último dia de competições marca a superação da melhor marca anterior e garante vaga paralímpica em modalidades diversas

 

 

Às vésperas do encerramento dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, a delegação brasileira celebra uma conquista histórica. Com um total de 317 medalhas, o Brasil superou sua marca anterior de 308, estabelecida há quatro anos em Lima, no Peru.

A marca histórica foi atingida neste sábado, com destaque para o parabadminton, que contribuiu com a medalha de número 309, consolidando o novo recorde brasileiro. Na classe SU5, Yuki Roberto Rodrigues brilhou ao conquistar a medalha de ouro na disputa masculina, vencendo o cubano Manuel Pargas por 2 sets a 0 (21/11 e 21/17).

O parabadminton foi a estrela do dia para o Brasil, rendendo 11 medalhas, das quais seis foram de ouro. Um feito notável ocorreu na classe SL3, com um pódio totalmente brasileiro entre as mulheres: Abinaécia Silva conquistou o ouro, seguida por Kauana Beckenkamp (a atleta mais jovem da delegação, com 14 anos) em segundo lugar e Adriane Ávila em terceiro.

Além das vitórias expressivas, uma conquista na bocha garantiu uma vaga para a Paralimpíada de Paris em 2024. Na competição por equipes que engloba as classes BC1 e BC2, o trio brasileiro composto por Maciel Santos, Andreza Vitória e Iuri Saraiva assegurou o ouro ao vencer o Canadá por 8 a 2.

“É uma honra trabalhar com dois jovens talentos, promissores, como a Andreza e o Iuri. Trabalhamos muito e conquistamos nosso objetivo do ano. Tenho certeza que o trabalho do próximo ano será ainda mais duro, técnico, para buscarmos essa medalha paralímpica”, afirmou o técnico.

O atletismo também brilhou no último dia de competições, com 14 medalhas conquistadas. Destaque para as dobradinhas brasileiras nos 100 metros da classe T47, com Petrúcio Ferreira conquistando o ouro e Washington Júnior a prata, e no arremesso do peso feminino da classe F12, com Izabela Silva e Jenifer da Silva na primeira e segunda posição, respectivamente.

O Brasil encerra sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago com um desempenho notável, reafirmando-se como potência paralímpica e estabelecendo um novo padrão para futuras edições do evento.