Impactos da Solidão na Saúde é Reconhecido como Risco Global pela OMS

Foto de Sasha Freemind na Unsplash

 

Falta de conexão afeta saúde mental e física, sendo mais prevalente na população idosa; Geriatra destaca a necessidade de programas e atividades para combater o isolamento social

 

 

Na última semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a solidão como uma prioridade de saúde global, lançando a Comissão de Conexão Social para abordar esse tema crucial. O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de São Paulo, Paulo Duarte, ressalta que o isolamento social, a falta de conexão e a solidão têm impactos negativos significativos na saúde.

De acordo com Duarte, o isolamento social não se limita à ausência física de interação, mas também à falta de conexão entre familiares, comunidades e sociedade. Ele destaca que esse isolamento não escolhe idade ou gênero, mas é mais comum na população idosa.

A solidão, muitas vezes relacionada ao isolamento social, é identificada como um fator de risco para diversas doenças. Problemas mentais, como ansiedade e depressão, e questões físicas, como estresse, problemas cardiovasculares e demência, podem ser desencadeados pela falta de conexão social.

O geriatra destaca a importância de combater o isolamento social ativamente, implementando programas em cidades, promovendo atividades comunitárias e envolvendo o terceiro setor. Além disso, ele enfatiza a necessidade de incentivar a interação física, por meio de cursos e atividades físicas.

Paulo Duarte alerta que o isolamento social deve ser encarado como um fator de risco tão significativo quanto condições como hipertensão, diabetes e obesidade. A promoção da conexão social torna-se, assim, uma medida crucial para preservar a saúde mental e física, especialmente em um cenário global que reconhece a solidão como uma questão de saúde prioritária.