
Dados do Prodes revelam menor taxa em cinco anos, apontando para mudanças e ações políticas em prol da preservação florestal
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou, nesta quinta-feira (9), dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), indicando uma queda de 22,3% no desmatamento, referente ao período de agosto de 2022 a julho de 2023. A Amazônia Legal registrou a menor supressão florestal em cinco anos, totalizando 9.001 km2 de área desmatada, comparado ao ano anterior (2021/2022).
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou o apoio do presidente Lula para alcançar os resultados, chamando atenção para a decisão política de buscar um desmatamento zero. Marina ressaltou ainda a ação integrada do governo como um fator determinante para a queda no desmatamento, evidenciando que a reforma é uma oportunidade de dinamizar o país e gerar ganhos de produtividade.
O levantamento apontou que houve reversão da tendência de aumento na perda vegetal na Amazônia, apresentando uma redução de 42% em relação ao ano passado, indicando que a queda foi generalizada em municípios e estados, com exceção de Mato Grosso, que registrou aumento de 9% no desmatamento.
Além das decisões políticas, ações intensificadas como o incremento de multas pelo Ibama e ICMBio, adoção de tecnologia remota para monitoramento e punição, e cancelamento de pendências no Cadastro Ambiental Rural em territórios ambientais foram apontadas como estratégias que contribuíram para conter o desmatamento.
O relatório também sublinha que a queda no desmatamento da Amazônia resultou na redução de 133 milhões de toneladas de carbono equivalente, representando 7,5% das emissões nacionais de CO2 e alinhando-se com a meta do governo brasileiro de zerar o desmatamento no bioma até 2030.