Organização Mundial do AVC destaca fatores de risco, impactos e a importância do reconhecimento dos sintomas para o tratamento eficaz
Neste domingo (29), Dia Mundial do AVC, a Organização Mundial do AVC destaca a prevalência dessa doença, que atinge um a cada quatro indivíduos com mais de 35 anos em algum momento de suas vidas. A entidade adverte que 90% desses derrames poderiam ser evitados com a administração cuidadosa de fatores de risco, como hipertensão, tabagismo, dieta e atividade física.
Segundo a organização, o AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. Estima-se que mais de 12 milhões de pessoas terão um AVC este ano, levando a 6,5 milhões de mortes e deixando mais de 110 milhões de sobreviventes com sequelas.
O neurologista e coordenador do serviço de AVC do Hospital Albert Einstein, Marco Túlio Araújo Pedatella, explica que o AVC ocorre quando há uma obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro, podendo ser isquêmico (causado por obstrução dos vasos sanguíneos) ou hemorrágico (quando os vasos se rompem), levando à lesão ou morte das células cerebrais.
Apesar de ser mais comum em pessoas com mais de 60 anos, os relatos de AVC entre jovens estão aumentando. Pedatella ressalta que, mesmo em casos de jovens, a doença pode gerar incapacidades significativas, afetando diretamente a qualidade de vida e acarretando custos financeiros consideráveis com tratamento e reabilitação.
O especialista destaca a importância de reconhecer os sinais de um AVC, ressaltando que uma resposta rápida é fundamental para a recuperação. Sintomas como perda de força, visão turva, dificuldade de fala e dor de cabeça intensa devem ser prontamente atendidos por serviços de emergência, permitindo tratamentos eficazes e minimizando as chances de sequelas incapacitantes.