O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sua autorização para a entrada de 294 militares das Forças Armadas dos Estados Unidos da América (EUA) no Brasil. Essas tropas norte-americanas participarão de um exercício combinado com o Exército brasileiro na região da Amazônia Oriental. O decreto que permite essa cooperação foi publicado no Diário Oficial da União na quinta-feira (19).
As atividades estão programadas para ocorrer de 24 de outubro a 20 de novembro e terão como locais de realização Belém, no Pará, além dos municípios de Ferreira Gomes, Oiapoque e Macapá, no Amapá. Essa operação, denominada “Core 23” (Combined Operation and Rotation Exercise), faz parte de um acordo de cooperação em defesa estabelecido entre os governos do Brasil e dos EUA desde 2015.
Além do contingente militar dos EUA, o país também enviará armamentos, acessórios, sensores, sistemas eletrônicos e dispositivos ópticos, bem como equipamentos de comando, controle e comunicação para o Brasil.
Em maio, uma delegação de militares norte-americanos visitou o Comando Militar do Norte (CMN) para avaliar as condições estruturais e de suprimentos relacionados à saúde e alimentação. Os locais avaliados incluíram o 2º Batalhão de Infantaria de Selva e a 2ª Companhia de Suprimento do 8º Depósito de Suprimento, em Belém, além da Companhia Especial de Fronteira de Clevelândia do Norte, no Oiapoque, e o 34° Batalhão de Infantaria de Selva, em Macapá.
De acordo com o Exército Brasileiro, durante a Operação Core 23, as duas forças militares visam a realizar intercâmbio de experiências relacionadas a técnicas, táticas e procedimentos de defesa. O objetivo principal do exercício é promover a integração e fortalecer a cooperação militar entre os dois países.
O Exército Brasileiro tem participado de diversas operações combinadas com forças militares de outros países este ano. Além da Operação Core 23, houve a Operação Fer de Lance na Guiana Francesa, a Operação Arandu na Argentina, bem como a Operação Paraná III no Brasil, que contou com a presença de militares de 15 países e focou em medidas de ajuda humanitária.
Essas operações têm contribuído para a troca de experiências e aprimoramento das capacidades militares das forças envolvidas, além de fortalecer os laços entre as nações participantes.
