Diretora-geral do FMI propõe revisão das cotas de contribuição de países emergentes, incluindo o Brasil

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (12) que a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, manifestou a intenção de apresentar um cronograma para a revisão das cotas de contribuição dos países emergentes, incluindo o Brasil, para o fundo. A declaração ocorreu após a reunião bilateral entre o ministro e Georgieva em Marrakech, no Marrocos, durante a reunião anual do FMI.

A revisão das cotas dos países-membros é um dos pontos de discussão na pauta da reunião anual do FMI, que acontece até sábado (14). A proposta de apresentar uma nova fórmula para realinhamento das cotas representa uma iniciativa inédita da diretora-geral, indicando um avanço nas discussões sobre o aumento dos recursos da cota permanente do FMI.

Haddad ressaltou a importância do princípio da proporcionalidade entre os países-membros, um dos fundamentos de criação do fundo, e destacou a posição brasileira em manter essa premissa. As cotas de contribuição dos países-membros determinam o poder de voto nas decisões do fundo e são revistas a cada cinco anos.

Além disso, Georgieva solicitou que o Brasil e os demais países-membros façam novos aportes ao Fundo para Redução da Pobreza e Crescimento (PRGT) para enfrentar a crise da dívida dos países pobres e o aumento das taxas de juros. Os recursos do PRGT financiam empréstimos sem juros a países em situação de vulnerabilidade econômica.