Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir o conflito no Oriente Médio convocado pelo Brasil

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Nesta sexta-feira (13), às 16h (horário de Brasília), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunirá em Nova York para tratar da escalada do conflito no Oriente Médio. A reunião foi convocada pelo Brasil, que atualmente preside o conselho.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, será o responsável por coordenar os trabalhos durante a reunião. O Conselho de Segurança é a instituição da ONU encarregada de zelar pela paz mundial, composto por 15 membros, dos quais cinco são permanentes e possuem poder de veto: Estados Unidos, Rússia, China, França e Japão. Nada pode ser aprovado no conselho sem o consentimento desses cinco países.

Esta será a segunda reunião desde o início da escalada dos conflitos entre Israel e a Faixa de Gaza, desencadeada após um ataque surpresa do grupo Hamas contra Israel no último sábado (7).

Na primeira reunião, realizada no domingo (8), do Conselho de Segurança após o início dos conflitos, o governo brasileiro apelou para que “as partes se abstenham da violência contra civis e cumpram suas obrigações perante o direito internacional humanitário.” O Brasil também enfatizou a necessidade de máxima contenção para evitar uma escalada com consequências imprevisíveis para a paz e a segurança internacional. No entanto, nenhuma decisão do conselho foi divulgada.

Na quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente de Israel, Issac Herzog, e apelou para a abertura de um corredor humanitário que permita às pessoas saírem da Faixa de Gaza, onde a crise humanitária se agrava. Representantes das Nações Unidas na Faixa de Gaza foram informados por militares israelenses de que teriam 24 horas para evacuar o norte da região, onde residem aproximadamente 1,1 milhão de pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou para a reversão dessa ordem de evacuação, pois o prazo não seria suficiente para retirar toda essa população civil, considerando as condições de uma zona densamente povoada e em estado de guerra.