
O Brasil planeja destinar de 50% a 60% dos recursos levantados com sua primeira emissão de títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional para projetos de meio ambiente, conforme informado pelo Tesouro Nacional. Os restantes 40% a 50% serão destinados a projetos sociais.
Embora o Tesouro não tenha divulgado uma estimativa oficial do montante a ser arrecadado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o governo brasileiro pretende levantar cerca de US$ 2 bilhões, aproximadamente R$ 10 bilhões pela taxa de câmbio atual, com a emissão desses títulos verdes.
Os recursos obtidos serão destinados a oito segmentos de projetos, sendo seis deles ligados à área ambiental e dois à área social. A distribuição para os projetos ambientais abrangerá transporte limpo, energia renovável, biodiversidade terrestre e aquática, gestão sustentável de recursos vivos e naturais, adaptação às mudanças climáticas e controle de emissões de gases de efeito estufa.
Para os projetos sociais, o foco será o combate à pobreza e a segurança alimentar e sistemas alimentares sustentáveis. A primeira emissão também buscará direcionar pelo menos 75% dos recursos a novas despesas, minimizando o refinanciamento de gastos já executados ou em curso. O lançamento inicialmente previsto para setembro pode ocorrer no segundo semestre ou no início de 2024, dependendo da melhor “janela de mercado”.
Os títulos verdes, vinculados a compromissos ambientais, oferecerão rendimentos provenientes de projetos sustentáveis, com uma taxa de retorno entre 6,15% e 8% para os compradores. Essa iniciativa está alinhada com os esforços do Brasil para combater o desmatamento e preservar seus biomas nativos.