
A área de desmatamento na Amazônia Legal teve uma queda notável de 1.454,76 km² para 590,3 km² em um ano, de setembro de 2022 para setembro de 2023. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. A redução foi ainda mais acentuada em agosto, passando de 1.661,02 km² para 563,09 km².
No Cerrado, bioma enfrentando pressões intensas devido à expansão da monocultura de soja, a área de desmatamento aumentou de 273,41 km² para 516,73 km² em setembro deste ano, comparado ao mesmo mês do ano passado. Em agosto, a área manteve-se praticamente igual, passando de 451,81 km² para 463,36 km².
Ambientalistas têm reforçado apelos para que as autoridades dediquem a mesma atenção ao Cerrado que têm dado à Amazônia. O bioma, conhecido como o “berço das águas” devido às suas reservas hídricas, corre o risco de perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050 se a exploração agropecuária persistir nos níveis atuais. Estados como Bahia, Maranhão e Tocantins enfrentam situações críticas de desmatamento no Cerrado.