Greve unificada em São Paulo reivindica melhores condições e protesta contra privatização

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 

Funcionários de metrô, trens e saneamento alertam para encarecimento e queda na qualidade dos serviços

 

 

Nesta terça-feira (2), os funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estão em greve unificada. A paralisação busca reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços, denunciando que a transferência do controle do poder público para a iniciativa privada pode encarecer as tarifas e piorar a qualidade dos serviços.

Na estação Barra Funda, importante ponto de embarque para trens, ônibus e metrô, lideranças de movimentos que apoiam a greve se organizaram para traduzir à população da capital paulista os impactos da privatização e os motivos da greve. Apenas pelo metrô da Barra Funda, transitam em média cerca de 60 mil passageiros por hora nos momentos de pico.

Líderes populares enfatizam que a greve não é apenas por direitos, mas também por melhoria nos serviços. Raquel Brito, do diretório da Unidade Popular na capital, ressaltou que todos perdem com a privatização e que as empresas públicas são patrimônio da população. Alertou sobre a possível piora nos serviços e o aumento das tarifas, já que empresas privadas visam o lucro, o que pode prejudicar o atendimento à população.

Os usuários do transporte público em São Paulo são afetados pela paralisação. Alguns manifestam apoio à reivindicação por melhores condições, mas também expressam preocupações com os impactos da greve em sua rotina. A incerteza sobre o efeito da privatização e a possível consequência de aumento nas tarifas levantam dúvidas e inquietações entre os passageiros.