Vacinação contra a raiva é essencial para proteger animais e seres humanos contra a doença fatal
Neste dia 28 de setembro, é celebrado o Dia Mundial Contra a Raiva, uma data que busca conscientizar sobre a importância de imunizar cachorros e gatos contra essa grave doença, que tem um altíssimo índice de mortalidade, afetando também seres humanos.
A raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida dos animais para os seres humanos. Em quase 100% dos casos de infecção, a doença é fatal. Por esse motivo, é crucial que os animais de estimação sejam imunizados anualmente contra a raiva.
As vacinas contra a raiva são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Taliha Perez, médica veterinária e coordenadora de vigilância de zoonoses no Rio de Janeiro, destaca que a imunização dos animais domésticos é uma maneira de proteger também os humanos. Ela reforça que a raiva é 100% letal e que, embora haja raros casos de sobrevivência, as sequelas são severas.
A economista Maíra Leão, que possui cães de estimação, enfatiza a importância de manter a vacinação contra a raiva em dia para proteger seus animais de possíveis infecções. Ela salienta que seus cães interagem com outros animais em áreas públicas, tornando a vacinação uma medida fundamental.
A aposentada Marta Maria da Silva levou sua cadelinha, mesmo com paralisia, para receber a imunização. Ela destaca a necessidade de cuidar dos animais para evitar a doença e proteger outras pessoas.
A técnica de enfermagem Kátia Gusmão Câmara ressalta que muitas pessoas associam a raiva principalmente aos cachorros, mas é crucial lembrar que os gatos também podem contrair a doença, destacando a necessidade de imunização para todas as espécies de animais domésticos.
O recente caso de um cão infectado com o vírus da raiva em São Paulo aumentou a preocupação sobre a disseminação da doença. Este foi o primeiro caso de infecção em um cão na região desde 1997. A raiva é uma doença infecciosa que afeta mamíferos e não possui cura.
Ao longo dos anos, a vacinação tem contribuído para a redução do número de casos de raiva no Brasil. Em 1999, foram registrados 1,2 mil casos positivos em cachorros, enquanto em 2022 foram apenas sete diagnósticos. No entanto, animais silvestres são atualmente os mais afetados pela doença.
Para identificar um animal com raiva, é importante observar sintomas como incapacidade de beber água e comportamento agressivo fora do comum. Em caso de mordida ou arranhão por um animal, especialmente morcegos, a recomendação é procurar um veterinário. Se uma pessoa for mordida, é essencial lavar o local com água e sabão e buscar atendimento médico imediatamente. A prevenção é a chave para combater a raiva e proteger a saúde de todos.