Mahmoud Abdul-Rauf: Ativismo e Basquete Além das Quadras

(crédito: Reprodução/Instagram/@mahmoudar123)

 

Ex-jogador da NBA que desafiou o sistema reflete sobre sua trajetória e o papel do esporte na sociedade

 

 

 

Mahmoud Abdul-Rauf, cujo nome era Chris Jackson antes de sua conversão ao islamismo em 1993, pode não estar atualmente no centro das atenções esportivas, mas sua marcante carreira na NBA e seu ativismo o tornam uma figura relevante. Em 1996, durante sua época de sucesso na NBA atuando pelo Denver Nuggets, ele tomou uma posição controversa ao se recusar a ficar de pé durante a execução do hino nacional e olhar para a bandeira dos Estados Unidos antes dos jogos de sua equipe. Essa postura teve um impacto profundo em sua vida e carreira, levando-o a ser suspenso pela liga.

Atualmente, Abdul-Rauf está no Brasil para participar da Semana Move, do Sesc São Paulo, onde compartilha suas experiências através de palestras e clínicas de basquete. Em uma entrevista exclusiva à Agência Brasil, ele discute suas atividades após sua aposentadoria, seu papel como ativista social e suas reflexões sobre o esporte na sociedade.

O jogador, inicialmente selecionado na terceira escolha do draft da NBA em 1990, jogou por seis temporadas no Denver Nuggets, atingindo seu auge na última temporada com incríveis médias de 19,2 pontos e 6,8 assistências por jogo, além de um impressionante aproveitamento de 93% nos lances livres. Nesse período, ele começou a se posicionar politicamente em relação ao hino nacional dos Estados Unidos, considerando-o um símbolo de opressão.

Após sua passagem pelos Nuggets, Abdul-Rauf continuou sua carreira em diferentes países, como Turquia, Itália, Arábia Saudita e Japão, após perder espaço na NBA. Durante a entrevista, ele compartilha sua jornada desde o marcante gesto político, um ato que ecoou na história do esporte, sendo reminiscente de ações semelhantes adotadas por atletas duas décadas depois.

 

 

Com informações da Agência Brasília