O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta sobre uma onda de calor sufocante que atinge vários estados do Brasil, com destaque para a região Centro-Oeste. Além das altas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar é uma preocupação adicional.
Nesse contexto, a cardiologista Stéphanie Rizk, da Rede D’Or e do Sírio-Libanês, alertou sobre os impactos dessa onda de calor no corpo humano. Os órgãos mais afetados, segundo a especialista, são os rins e o coração.
Os rins são especialmente vulneráveis devido à desidratação causada pelo mecanismo de regulação térmica do corpo, que induz a sudorese para reduzir a temperatura corporal. A desidratação pode levar à diminuição da filtração renal, concentração da urina e aumento da formação de pedras nos rins.
Em relação ao coração, a cardiologista explicou que, devido à vasodilatação necessária para o corpo dissipar calor, o fluxo sanguíneo aumenta, o que pode acelerar o ritmo cardíaco. Isso representa um risco, especialmente para pessoas com histórico de insuficiência cardíaca, podendo desencadear complicações.
Além disso, Rizk chamou a atenção para os efeitos do calor e da desidratação no cérebro, como tontura e visão turva, e para o aumento da densidade sanguínea devido ao maior consumo de água, o que pode gerar problemas adicionais. Por fim, a médica destacou os impactos da alta temperatura com baixa umidade no pulmão, ressaltando que os poluentes atmosféricos aumentam nesse período, representando um risco para pessoas com problemas respiratórios.
A população é aconselhada a se manter bem hidratada, evitar exposição prolongada ao sol e buscar locais com ambientes mais frescos durante essa onda de calor. O cuidado com a saúde deve ser redobrado, principalmente para aqueles que apresentam condições médicas preexistentes.
