O setor de serviços no Brasil continuou sua trajetória de recuperação em julho, com um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior, marcando o terceiro mês consecutivo de ganhos, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além do crescimento mensal, os serviços apresentaram um aumento de 3,5% na comparação com julho do ano anterior, um incremento de 4,5% no acumulado do ano e um sólido crescimento de 6% no acumulado dos últimos 12 meses. Esses números demonstram uma recuperação contínua do setor após os impactos da pandemia de COVID-19.
O setor de serviços agora está 12,8% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. No entanto, ainda permanece 0,9% abaixo do patamar de dezembro de 2022, quando atingiu seu recorde de volume na série histórica iniciada em 2012.
A receita nominal do setor de serviços também mostrou crescimento, com taxas de 0,2% em relação a junho, 4,6% em comparação com julho do ano passado, 8,5% no acumulado do ano e 11% no acumulado de 12 meses.
Dentre as atividades investigadas pelo IBGE, três delas apresentaram aumento de volume de junho para julho, com destaque para os serviços de transporte (0,6%). Este setor tem sido impulsionado pelo transporte rodoviário de cargas, que tem experimentado um aumento na demanda, especialmente devido ao comércio eletrônico e ao setor agrícola.
O pesquisador do IBGE, Rodrigo Lobo, explicou que a produção agrícola recorde de milho e soja tem gerado uma maior demanda por transporte rodoviário de cargas, tanto para insumos quanto para o escoamento da produção agrícola.
Outros setores que apresentaram crescimento foram os serviços prestados às famílias (1%) e os outros serviços (0,3%). Por outro lado, houve queda nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e em informação e comunicação (-0,2%).
As atividades turísticas, analisadas separadamente pela PMS, também registraram um crescimento de 0,7% de junho para julho. Com esse desempenho, o segmento turístico encontra-se 6,2% acima do nível de fevereiro de 2020, antes dos impactos da pandemia, mas ainda 1,4% abaixo do pico alcançado em fevereiro de 2014.
A contínua recuperação do setor de serviços é um sinal positivo para a economia brasileira, uma vez que os serviços desempenham um papel fundamental no crescimento econômico e na geração de empregos no país.