Pressão Alta: Entenda os Sintomas, Causas e Riscos

Brasília - Cidadãos fazem exames de pressão e glicemia durante mutirão de atendimento e de orientação jurídica para esclarecer dúvidas dos cidadãos que sofrem com a saúde pública ou com problemas nos planos de saúde (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição médica crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de pressão sanguínea nas artérias. Ela é considerada uma doença silenciosa, pois pode não apresentar sintomas ao longo dos anos. No entanto, é uma condição que aumenta significativamente os riscos de outras doenças cardiovasculares e renais, além de estar frequentemente associada a problemas crônicos e eventos graves, como morte súbita, acidente vascular cerebral, infarto, insuficiência cardíaca e doença arterial periférica.

Os dados mais recentes mostram que, nos últimos 30 anos, o número de pessoas hipertensas no mundo dobrou, atingindo cerca de 1,5 bilhão de indivíduos em 2019. No início dos anos 1990, esse número era de aproximadamente 650 milhões.

A pressão arterial é considerada alta quando os valores da pressão máxima (sistólica) e mínima (diastólica) atingem ou ultrapassam 140/90 mmHg, comumente conhecido como 14 por 9. A hipertensão coloca um esforço adicional sobre o coração para garantir a distribuição adequada do sangue pelo corpo, aumentando os riscos de complicações graves, como acidente vascular cerebral, ataque cardíaco, formação de aneurismas nas artérias e problemas de insuficiência renal e cardíaca.

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da hipertensão, incluindo predisposição genética, alimentação inadequada baseada em alimentos ultraprocessados, consumo excessivo de sal, tabagismo, consumo de álcool em excesso, sobrepeso, obesidade, sedentarismo, estresse e envelhecimento.

A hipertensão é uma condição que, muitas vezes, não apresenta sintomas evidentes, o que a torna ainda mais perigosa. No entanto, algumas pessoas com pressão alta podem experimentar sintomas como dor no peito, dor de cabeça intensa, fraqueza, tonturas, palpitações cardíacas, visão embaçada ou duplicada, zumbido no ouvido, enjoo e sangramento nasal. É importante destacar que esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, e a pressão alta pode ser assintomática em muitos casos.

O controle da pressão alta envolve a adoção de hábitos saudáveis, como a redução do consumo de sal, a prática de atividade física regular, a manutenção de um peso adequado e a alimentação equilibrada, com foco em alimentos naturais, frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves e oleaginosas.

A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento médico, que geralmente inclui o uso de medicamentos, sob orientação médica. A frequência das consultas médicas e o acompanhamento devem ser determinados pelo profissional de saúde, especialmente para pessoas com fatores de risco conhecidos ou sintomas de pressão alta.

Além disso, a pressão alta durante a gravidez, conhecida como hipertensão gestacional, requer acompanhamento rigoroso, pois pode ser perigosa tanto para a mãe quanto para o feto, podendo levar à pré-eclâmpsia, uma condição grave.

Em resumo, a hipertensão arterial é uma condição séria que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode levar a complicações graves se não for tratada e controlada adequadamente. A conscientização sobre os fatores de risco, sintomas e medidas de prevenção desempenha um papel crucial na gestão dessa doença. Portanto, é fundamental buscar orientação médica regularmente e adotar um estilo de vida saudável para reduzir os riscos associados à pressão alta.